[vc_row animation=””][vc_column animation=””][vc_column_text animation=””]Enquanto todas as atenções estão voltadas para o Facebook, estudo do Reuters Institute e University of Oxford revela que o WhatsApp aumentou a sua influência na circulação de notícias no Brasil. De acordo com o relatório, ainda que a televisão “domine” o ecossistema midiático brasileiro, as mídias sociais estão desempenhando um papel cada vez mais importante no consumo de notícias.
Os smartphones ultrapassaram os computadores como o principal dispositivo para acessar notícias pela primeira vez neste ano. Dois fatores merecem atenção: bloqueadores de anúncios foram instalados em apenas 8% dos dispositivos móveis no Brasil e 22% estão dispostos a pagar por notícias na plataforma digital. Desse modo, modelos de negócios continuam em aberto e com potencial para as empresas de comunicação no país.
Modelos de negócios
Um impasse para circulação das notícias continua a ser os modelos de paywalls adotados pelos principais jornais brasileiros. que segundo o estudo, pode reduzir o compartilhamento de notícias nas redes sociais. Por outro lado, o número de assinantes digitais registrou um crescimento constante, apesar da diminuição geral na circulação de jornais. “Em agosto de 2016, a Folha de S. Paulo anunciou que sua circulação digital superou a sua edição impressa. No entanto, a porcentagem global de nossos respondentes urbanos brasileiros que pagam por notícias on-line (22%) não mudou em relação ao ano anterior”, pontua o relatório.
Interação com os jornais
Os leitores brasileiros compartilham mais do que comentam notícias nos espaços jornalísticos (seja em caixa de comentários ou nas páginas dos veículos). A taxa de comentários é 40%, enquanto compartilhamento chega a 64%. No Brasil, o estudo revela um aspecto interessante: o compartilhamento de notícias tende a ser mais privado e mais direcionado; os usuários tendem a compartilhar uma notícia com um usuário ou um grupo de usuários em vez de com todos os amigos do Facebook ou seguidores do Twitter.
“descobrimos que as pessoas são quase duas vezes mais propensas a compartilhar notícias ou comentar nas redes sociais quando seus amigos têm opiniões políticas semelhantes, ao invés de não terem opiniões políticas semelhantes ou quando não conhecem seus pontos de vista. Mais compartilhar ou comentar entre pessoas com quem concordamos pode nos fazer sentir bem, mas também pode encorajar o tipo de polarização hiperpartidária, diz o relatório.”
A falta de interesse em comentar notícias e/ou notícias compartilhadas (37%) e preferência por discussões presenciais (37%) são apontadas, globalmente, como razões para um usuários comentar/compartilhar determinado assunto:
Na média geral, no Brasil, o índice de confiança nas notícias veiculadas pelos meios de comunicação de massa corresponde a 60%. a porcentagem de pessoas que acreditam que a mídia está livre de influência de grupos políticos caiu de 36% para 30%.
